Movimentos protocolam nesta terça, 7, em Brasília, documento contra entrega da Base de Alcântara aos EUA
Representantes de movimentos de todo o Brasil e de outros países que assinaram a nota “Contra a oferta da Base/Centro de Lançamento de Alcântara aos EUA” fazem uma mobilização amanhã, dia 7 de fevereiro, em Brasília, com a entrega e protocolo do documento em várias instâncias governamentais. Os movimentos entendem que a política de entreguismo do atual governo, fruto de um Golpe Institucional, é uma afronta à soberania do país.
A concentração está marcada para às 14h em frente ao Itamaraty. O documento será entregue no Ministério das Relações Exteriores, no Congresso Nacional, na Comissão de Ciências e Tecnologias da Câmara dos Deputados e na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ainda como parte desta mobilização está agendado um debate para o dia 22 de fevereiro, às 19h, no Sindicato dos Advogados – SASP (Rua Abolição, 167 Centro), em São Paulo para debater o assunto.
As reações contra a oferta do Centro de Lançamento de Alcântara, situada no Estado do Maranhão, vieram à tona com a notícia, veiculada na mídia nacional, de que o atual governo intenciona voltar às negociações da Base com os Estados Unidos.
O documento é uma iniciativa das entidades que estavam à frente do Plebiscito Popular contra a Alca, realizado em 2002, em consonância com 8º Grito dos Excluídos que exclamava “Soberania Não se Negocia!”. Entre as três perguntas do Plebiscito constava: “O governo brasileiro deve entregar uma parte de nosso território – a Base de Alcântara – para controle militar dos Estados Unidos?”. Cerca de 10 milhões de brasileiros/as responderam “NÃO”. A nota já reúne mais de 120 organizações, entidades e militantes. E as adesões continuam crescendo. Confira a nota também em: www.jubileusul.org.br
Contatos com a Imprensa: Rogéria Araújo (85) 99619.2566 (WhatsApp) | (11) – 31121524
Abaixo a nota atualizada com as assinaturas:
NOTA CONTRA A OFERTA DA BASE DE ALCÂNTARA AOS EUA
Para:
Ministério das Relações Exteriores – Itamaraty
Congresso Nacional (Senado Federal e Câmara dos Deputados)
Comissão de Ciências e Tecnologia da Câmara dos Deputados
Comissão de Constituição e Justiça CCJ
À Sociedade em geral
Entre os absurdos políticos que o Brasil está enfrentando hoje, destaca-se a continuidade da submissão às imposições neoliberais do Consenso de Washington, aplicadas pelo Banco Mundial e FMI desde os anos 90 do século passado aos “países em desenvolvimento” da periferia do capitalismo, por parte do governo brasileiro ilegítimo e corrupto, que usurpou a Presidência da República através de um golpe implementado pelo Congresso Nacional, legitimado pelo Judiciário e pela grande mídia.
A notícia de que o Sr. José Serra, Ministro das Relações Exteriores, retomou contatos para “oferecer” o Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, é mais uma comprovação do DNA entreguista desse governo. Este acordo já se mostrou não apenas desvantajoso ao Brasil do ponto de vista econômico e tecnológico, mas completamente ofensivo à soberania nacional ao permitir controle total ou parcial dos EUA sobre parte do território nacional, o que por si só o torna inaceitável.
Frente a tantos absurdos, os movimentos sociais, entidades da sociedade civil, organizações sindicais, igrejas e membros de partidos políticos que promoveram o PLEBISCITO POPULAR CONTRA A ALCA na Semana da Pátria e 8º Grito dos Excluídos no ano de 2002, vêm a público, em nome dos mais de 10 milhões de brasileiros/as que votaram contra a ALCA e contra a entrega do Centro de Lançamento de Alcântara aos Estados Unidos da América, declarar que a decisão do governo ilegítimo de retomar “negociações” para a entrega do Centro será combatida novamente como uma prática de submissão neocolonial e uma traição ao povo brasileiro – como o está sendo também a política de entrega do petróleo brasileiro às corporações multinacionais.
Conclamamos a todas as pessoas e entidades que coroaram de êxito o Plebiscito Contra a Alca – e contra a entrega do Centro/Base de Lançamento de Alcântara – a se manifestarem publicamente contra a prática do ministro do governo ilegítimo, José Serra, de impor relações internacionais a partir de sua vontade individual, sem debate e consulta ao povo. Lutaremos e resistiremos contra essa prática com todas as forças.
Ao contrário das políticas autoritárias e entreguistas do governo usurpador, que enfraquecem a democracia e aprofundam as desigualdades, seguiremos lutando em favor da verdadeira democracia, que reforce e não debilite, a soberania da Nação brasileira e qualifique sempre mais suas relações sociopolíticas, socioeconômicas, socioambientais e socioculturais da sociedade brasileira, inclusive suas relações internacionais.
SOBERANIA NÃO SE NEGOCIA!
Janeiro de 2017.
Subscrevem:
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Agentes de Pastoral Negros do Brasil – APNs
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Amigos da Terra Brasil
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ANDES – Sindicato Nacional
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Articulação dos Empregados Rurais do Estado de Minas Gerais – ADERE/MG
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Associação Brasileira de Homeopatia Popular – ABHP/Cuiabá/MT
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Associação de Direitos Humanos
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Associação de Mulheres da Zona Leste – São Paulo/SP
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Associação de Saúde da Periferia do Maranhão – ASP/MA
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Associação dos Trabalhadores da Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo – ATDSESP
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Brigadas Populares
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Casa da Solidariedade do Ipiranga
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CEBRAPAZ
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Central de Movimentos Populares – CMP
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Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB
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Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB Estadual/São Paulo
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Central Única dos Trabalhadores – CUT
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Centro Burnier Fé e Justiça – CBFJ/Mato Grosso
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Centro de Defesa dos Direitos Humanos Marçal de Souza Tupã-i /MS
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Centro de Estudos Bíblicos – CEBI
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Centro de Estudos e Articulação da Cooperação Sul-Sul
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Centro de Pesquisa e Assessoria – ESPLAR/CEARÁ
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Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos
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Centro Popular de Defesa dos Direitos Humanos Frei Tito de Alencar Lima – CPDDH
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Coletivo de Advogados para a Democracia – COADE/São Paulo capital
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Coletivo de Mídia Memória Latina
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Comissão Brasileira de Justiça e Paz, organismo vinculado à CNBB
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Comitê de Energia Renovável do Semiárido – CERSA
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Comitê Pró-Haiti
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Conselho de Leigos da Arquidiocese de São Paulo – CLASP
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Conselho Indigenista Missionário – CIMI
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Conselho Nacional do Laicato do Brasil – CNLB
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Consulta Popular
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Cooperativa de Pescadores Artesanais do Bairro Prainha – Iguape/SP
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Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas – CONAQ
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Coordenação Nacional de Entidades Negras – CONEN
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Coordenadoria Ecumênica de Serviço – CESE
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CSP – Conlutas
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CSP – Conlutas Regional Roraima
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Escola Fé e Política Pe. Humberto Plummen – Setor Pastoral Social NE 2
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Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional – FASE
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Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de Minas Gerais – FERAE/MG
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Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar da CUT no Estado de São Paulo
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Federação Sindical Mundial – FSM
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Fórum de Direitos Humanos e da Terra – FDHT/MT
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Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social
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Frente Povo Sem Medo
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Grito dos Excluídos Continental
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Grito dos Excluídos/as Brasil
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Grupo Carta de Belém
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Grupo Cidadania de Assis e Região – São Paulo/SP
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Grupo de Estudos Educação & Merleau-Ponty – GEMPO/UFMT
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Grupo de Pesquisa “Educação e Direito na Sociedade Brasileira Contemporânea”, da Universidade Federal de São Carlos/São Paulo
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Grupo de Pesquisa Movimentos Sociais e Educação – GPMSE/PPGE/UFMT
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Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte – GPEA
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Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – IBASE
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Instituto Caracol -iC
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Instituto de Estudos Socioeconômicos – INESC
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Instituto de Política Alternativas para Cone Sul – Pacs
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Intersindical Central da Classe Trabalhadora
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Iser Assessoria – Rio de Janeiro
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Jubileu Sul Brasil
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Justiça Global
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Justiça Sem Fronteiras – JSF
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Levante Popular da Juventude
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Marcha Mundial das Mulheres – MMM
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Movimento Camponês Popular – MCP
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Movimento de Moradia da Cidade de São Paulo
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Movimento de Mulheres Camponesas – MMC
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Movimento Democracia Direta – MDD
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Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB
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Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA
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Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais – MPP
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Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
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Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST
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Movimento Nacional da Bio Saúde/ ABRASP
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Movimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH
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Movimento pela Soberania Popular na Mineração – MAM
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Movimento Sem Terra de Luta – MSTL
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Núcleo das Mulheres Negras de São Paulo
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Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania de Marília-NUDHUC
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Núcleo de Estudos e pesquisas Regionais e do Desenvolvimento-UFPE
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Organização Indígena Revolucionária