Nota do MST/DF sobre a prisão do militante Bruno Maciel
Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O único manifestante que participou do protesto contra a PEC 55, realizado na tarde de terça-feira (29/11), que continua preso é Bruno Leandro de Oliveira Maciel, coordenador regional do MST-DFE.
Bruno sofre a acusação de "incitação à violência" e de ter se recusado a assinar o TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência).
O setor de Direitos Humanos do MST teve acesso a Bruno na sede do DPE (Departamento de Polícia Especializada) apenas no final da manhã desta quarta-feira.
Ele disse que foi detido quando retirava algumas pessoas machucadas do meio da confusão, que começou com o aparato repressivo passou a jogar bombas contra os manifestantes.
Capturado pela Polícia Legislativa do Senado, ele relatou que foi encapuzado, levado para algum lugar que não sabe onde, agredido fisicamente e psicologicamente. Afirmou também que não se recusou a assinar o TCO, até mesmo, porque a polícia não pediu para que assinasse.
O militante Bruno declarou que o capuz só foi retirado quando chegou à sala da Polícia Legislativa do Senado. Ele não teve o direito de fazer uma ligação e chamar um advogado, logo depois foi transferido para o DPE, do governo distrital.
Diante desse quadro de arbitrariedade, uma comissão formada pelo bispo da CNBB Dom Leonardo, representantes de movimentos populares, entidades de direitos humanos, da Comissão Brasileira de Justiça e Paz e parlamentares federais e distritais vai ao DPE visitar o Bruno às 16h. Já a audiência de custódia, que definirá se o militante ficará solto ou preso, está marcada para as 19h30.
Repudiamos a prisão do militante da reforma agrária Bruno, a violência do aparato policial contra a manifestação contra a PEC 55, a operação de guerra montada pela parceria PMDF/Polícia Legislativa/Ministério da Justiça e a escalada repressiva que avança no nosso país contra a luta popular.
COORDENAÇÃO ESTADUAL DO MST-DFE