05/08/2016

Cimi presta solidariedade aos Tenetehar/Guajajara pela morte prematura de duas jovens de 15 anos por afogamento

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) se solidariza com o povo Tenetehar/Guajajara da Terra Indígena Pindaré pela morte trágica e prematura de duas jovens indígenas de 15 anos, da aldeia Januária, em razão de afogamento. Os corpos das meninas foram encontrados nesta sexta-feira, 5, pelos próprios indígenas pouco mais de 24 horas depois de ambas desaparecerem num rio que corta o território.

As indígenas estavam sendo preparadas para o Moqueado, em setembro, o ritual de passagem da Menina Moça – momento de grande importância na vida das Tenetehar/Guajajara e esperado por toda a aldeia. Justamente por essa razão a tristeza do povo é ainda mais acentuada, e nesse momento o Cimi oferece toda oração e sentimentos.

Flauberth Tenetehar/Guajajara, primo das indígenas mortas, explica que a notícia do afogamento das meninas chegou logo após o retorno dos pouco mais de 60 indígenas que na quarta-feira, 3, passaram o dia acampados na frente do Palácio dos Leões, se do governo do Maranhão, na capital São Luís, protestando por melhorias na Educação Escolar Indígena Diferenciada, que atende jovens da idade das indígenas agora mortas.

Por informações dos indígenas, a equipe do Cimi Regional Maranhão tomou contato com  o desespero e a dor do povo; e se coloca à disposição para o que for necessário. Desse modo, a entidade espera que os Tenetehar/Guajajara consigam superar esse momento com a mesma força que lutam por seus direitos, passando pelo luto necessário e próprio dos Tenetehar/Guajajara. 

Brasília e Maranhão, 05 de agosto de 2016

Conselho Indigenista Missionário (Cimi)

Fonte: Secretariado Nacional - Cimi e Regional Maranhão - Cimi
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