Movimentos sociais se reunirão com o bispo de Campo Grande (MS), Dom Dimas
Os movimentos sociais e sindicais de Mato Grosso do Sul, que compõem um Fórum Unitário de luta pelas mais diversas causas, como pelos direitos dos povos indígenas, que estiveram na Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (24), pedindo a implantação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Genocídio, para investigar a morte de cerca de 390 indígenas que foram assassinados em Mato Grosso do Sul, reflexo dos conflitos por terra, terão, nesta sexta-feira (25), uma reunião com o bispo Dom Dimas, às 10h30, na Cúria Diocesana, localizada à Rua Armando de Oliveira, 448. Bairro Amambai.
A reunião não é somente por causa da luta pelos direitos dos povos indígenas, como pela recente Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), que é um organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Igreja Católica, aberta pela Assembleia Legislativa, no dia 18 de setembro.
Para os povos indígenas e movimentos populares, a intenção da chamada ‘CPI do Cimi’ é desviar o foco dos 10 ataques sofridos pelo povo Guarani e Kaiowá de Ñanderú Marangatú, Guyra Kamby’i, Pyelito Kue e Potrero Guasu desde o assassinato de Semião Vilhalva, no último dia 29 de agosto.
Além disso, os movimentos também vão denunciar ao Bispo, que ao término da sessão desta quinta, Rogério Batalha, advogado do Coletivo Terra Vermelha, que acompanhava as manifestações, foi abordado pelo segurança José Emílio, que mesmo sem ter poder de polícia deu voz de prisão ao advogado.
Tampouco o segurança ofereceu uma razão determinada para o ato hostil. Rogério o questionou e imediatamente passou a ser agredido e empurrado para dentro do prédio da Assembleia Legislativa, contra a sua vontade. O advogado teve a camisa rasgada, os óculos despedaçados e escoriações por todo o corpo.