23/09/2015

Para denunciar destruição ambiental, Pataxó ocupam fazenda e apreendem equipamentos da Suzano

Com o objetivo de chamar atenção da sociedade e, principalmente, dos órgãos públicos estaduais e federais para a severa destruição ambiental em curso na região, cerca de 300 indígenas do povo Pataxó ocuparam na manhã desta segunda-feira (21) uma monocultura de eucalipto na fazenda Nedila, no município de Prado, na Bahia. Eles também apreenderam dez equipamentos agrícolas de propriedade da empresa de papel e celulose Suzano, segunda maior produtora mundial de celulose de eucalipto, de acordo com informações da própria empresa.

 

Em nota pública, os Pataxó afirmam que já é possível perceber os efeitos nocivos da plantação para os seres humanos, na fauna, flora e, mais gravemente, nos rios e nascentes. Também afirmam que grandes áreas da Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados do mundo, estão sendo desmatadas diuturnamente.

 

“Nós acusamos os órgãos responsáveis pela liberação e fiscalização, como a Secretaria do Meio Ambiente de Prado e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), por conivência ou, no mínimo, negligência nessa situação”, declaram na nota. Eles pedem a presença de representantes de órgãos, como a Funai, a Secretaria do Meio Ambiente do município do Prado e do ICMBio, dos responsáveis pela empresa Suzano, e solicitam a presença da imprensa para denunciar as violações cometidas contra os povos indígenas da região.

Leia na íntegra a nota Órgãos públicos autorizam a destruição da vida na Terra Indígena Pataxó

Fonte: Comunidade Indígena Pataxó
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