28/08/2014

Nota da Apoinme sobre o novo modelo de execução da saúde indígena

A Articulação dos Povos e Organizações indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME) vêm a público manifestar a sua preocupação quanto a criação de um novo modelo de execução da saúde indígena.

No inicio do mês de agosto foi lançado em Brasília uma nova forma de execução de saúde indígena – INSI. Estavam presentes lideranças indígenas de todo Brasil, entre elas representantes da APIB/APOINME e CONDISI, na qual se posicionaram para uma ampla discussão nas aldeias, ouvindo todos os segmentos. Acreditamos que para uma melhor saúde indígena no País é preciso que se debata e se escute todos os envolvidos. Não podemos perder de vista o coletivo que sempre permeia as nossas ações. Diante disso nos preocupamos com a finalidade do DSEI, controle social e a participação de nossas lideranças na condução do Instituto, visto que, pela proposta ele se equipara a um aparelho privado.

Ocorre que, no ano de 2013 foram realizadas diversas conferências, as etapas locais, distritais e posteriormente a etapa nacional, onde foram discutidos pontos cruciais para a melhora da saúde indígena de todas as regiões do país, debatendo de forma exaustiva demandas vindas da base, das aldeias, demandas essas propostas por nossos líderes, jovens, mulheres, pajés e caciques, em nenhum momento se discutiu uma nova forma de execução da saúde indígena. Nos causa estranheza agora nesse momento se propor essa nova estrutura, também ficamos angustiados em ver que a pressa em se aprovar isso por meio dos CONDISI, sem uma discussão ampla nas aldeias.

Reafirmamos aqui nosso compromisso com o movimento indígena, no sentido de contribuir por uma saúde indígena de qualidade, visando o melhor para todos os povos indígenas, lutando pela garantia de nossos direitos, visando a qualidade do bem viver.

Fonte: Apoinme
Share this: