Povos indígenas ocupam prédio da Funai em Guajará Mirim (RO)
Os povos indígenas Oro Nao, Oro Waram, Oro Waram Xijein, Oro Mon, Jabuti,
Problemas como invasões de territórios por madeireiros, fazendeiros e outros, são denunciados à Policia Federal, à Funai, Marinha, ao Ministério Publico Federal, sem que providências sejam tomadas. A mesma situação de descaso e desrespeito ocorre em relação à educação e à saúde indígena, com os inúmeros fatos que ocorrem, que vai desde o mal atendimento e funcionamento da Secretaria Especial da Saúde Indígena (Sesai), até a falta de medicamento, a demora nas consultas, a falta de infra estrutura na Casa de Saúde Indígena (Casai) e outros problemas.
Não bastasse todos estes descasos, no mês de março de 2014, com as fortes inundações, o governo do estado de Rondônia, para ter uma via de acesso a Guajará Mirim, conseguiu junto à Justiça Federal a liberação da BR 421 – Estrada Parque, colocando em risco os povos indígenas que vivem em situação de isolamento voluntário nestas imediações, bem como o aumento das invasões nos territórios dos povos Karipuna e Wari.
As fortes chuvas e as inundações dos rios Madeira, Mamoré, Pacaás Novos e Guaporé, provocados pelo Complexo Hidrelétrico do Madeira, deixou mais de 250 famílias indígenas sem suas roças e casas. Pouco ou nada está sendo feito, no sentido de atender estas famílias. Somente em meados de abril, as famílias desabrigadas foram cadastradas pela Defesa Civil, sendo repassadas as cestas básicas à Funai, sem que até o momento, cheguem às famílias indígenas atingidas pelas inundações.
Diante destes descasos, no dia 28 de abril, indígenas de vários povos de Guajará Mirim se concentraram em frente ao escritório da coordenação local da Funai, ocupando o prédio. Segundo informações do Jornal Guajará Notíciais, o professor Milton Oro Nao, que mora na localidade de Capoeirinha, à beira do Rio Pacaás Novos, explicou que o movimento é pacífico e visa à substituição do atual coordenador a quem acusam de omisso com as causas indígenas. Além disso, eles reivindicam mais atenção nas áreas de saúde e educação e assistência às famílias atingidas pelas cheias que, segundo ele, estão abandonadas e entregues à própria sorte. Afirma ainda, que “não existe prazo para saírem do local e que só o farão quando a presidência da Funai, em Brasília, anunciar a demissão do atual coordenador e medidas para atender suas reivindicações”.
Os mesmos colocaram na pauta de demandas o tema da saúde, que é grave