25/06/2013

Indígenas ocupam Distrito Sanitário Especial no Maranhão

Reivindicando melhorias imediatas no atendimento à saúde indígena no Maranhão, cerca de 500 indígenas ocuparam o DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena), em São Luís, na manhã desta segunda-feira (24).

A precariedade do atendimento à saúde indígena em todo o estado mobilizou os povos Gavião, Awá Guajá, Kaapó, Kreniê, Kricati e os Guajajara das terras Pindaré, Massaranduba, Barra do Corda, Grajaú, Canabrava, Karú e Rodeador para o protesto no DSEI, que é o local de atendimento à saúde para os indígenas no Maranhão.


Eles relatam que o serviço é de pouca qualidade e insuficiente, que há poucos médicos e não há médicos indígenas para o atendimento. Também denunciam que não há transporte para deslocar os doentes, nem para fazer o abastecimento dos medicamentos, o que coloca a vida das pessoas em estado grave em risco.


Os indígenas requerem o afastamento dos funcionários da coordenação do Dsei que, segundo eles, não dão a atenção necessária para a problemática da saúde indígena na região. “Nós viemos procurar saber o que está acontecendo com a saúde indígena. Por isso, viemos até as pessoas que trabalham na saúde para que elas ouçam a comunidade”, diz Cláudio Pindaré.


“A gente quer que o governo coloque uma pessoa que nos dê atenção para fazer a gestão e o atendimento. Os funcionários ganham para fazer um serviço que não realizam. Alguns tratam muito mal os indígenas, principalmente os que vêm de terras mais distantes”, reclama José Carlos. Os indígenas do estado também questionam a forma de realização dos Conselhos Distritais de Saúde Indígena (Condinsi), por não haver espaço para a participação desses.


“Nós não iremos sair enquanto não tivermos alguma posição sobre a melhoria da saúde”, completa José Carlos. Até o fim da tarde (24) os indígenas ainda não haviam sido recebidos por nenhum funcionário do Dsei. 

Fonte: Assessoria de Comunicação Cimi
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