Relatório de Violência Contra os Povos Indígenas é lançado em Rondônia
O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) lança nesta segunda-feira, 13, o lançamento do Relatório de Violência Contra os Povos Indígenas no auditório da Câmera de Vereadores de Ji-Paraná. A pastoral Indigenista e Diocese da cidade também fazem parte do lançamento.
Os povos indígenas são constantemente violentados em seus direitos, sobretudo quando os territórios são invadidos por madeireiros, fazendeiros e grandes empreendimentos. No estado de Rondônia, das 21 terras indígenas demarcadas e homologadas, todas sofrem algum tipo de invasão – sem contar com os povos que aguardam há décadas o processo de demarcação de seus territórios.
Os povos Puroborá, Miguelenos, Wajoro, Kassupá, Cujubim, entre outros, aguardam há vários anos a conclusão do processo de identificação, demarcação e homologação dos seus territórios tradicionais. Esta morosidade gera um quadro de insegurança para as comunidades, que se sentem ameaçadas no seu direito de transitar livremente pelas cidades.
Com o intuito de denunciar e registrar que os direitos dos povos indígenas são desrespeitados, suas terras não demarcadas e homologadas, o Cimi afirma que o Estado continua explorando, dizimando e discriminando os povos indígenas. Bom seria se fosse ao contrário.
No compromisso assumido com os povos indígenas, o Cimi, a Pastoral Indigenista de Ji-Paraná e a Igreja denunciam a violência contra os povos indígenas no Brasil. Racismo, genocídio, danos ambientais nas terras indígenas, morosidade na regularização de terras e morte por desassistência na área de saúde, educação e outros são os tipos de violências cometidas contra os povos indígenas.