3º Congresso Missionário Nacional inaugura suas atividades em Palmas
O 3º Congresso Missionário Nacional, 3ª CMN, teve sua abertura oficial no Colégio Marista na noite desta quinta-feira, 12 de julho, com a palavra de Dom Sérgio Braschi, Presidente do 3º CMN e da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB. Dom Sérgio ressaltou o comprometimento de todos com a ordem imperativa de Jesus: “Como o Pai me enviou, assim eu vos envio” (Jo, 20,21). A cerimônia oportunizou momentos de reflexões, orações e pronunciamentos dos principais organismos responsáveis pela organização do evento.
Uma das procissões foi marcada pela imagem de Nossa Senhora Aparecida, levada ao palco central pela senhora Paula Nunes, comprometida na caminhada da Igreja em Palmas como ministra da eucaristia e integrante do Apostolado da Oração e da Legião de Maria. Seus passos até o palco foram acompanhados por um silêncio respeitoso, demonstrando devoção à Mãe de Deus e Padroeira do Brasil.
Os discursos destacaram momentos históricos da caminhada missionária e apontaram desafios para a Missão num mundo secularizado e pluricultural. Ressaltaram ainda a importância da preparação para 4º Congresso Americano Missionário e 9º Congresso Missionário Latino-Americano (CAM 4 – Comla 9), marcado para 2013 na Venezuela
Padre Camilo Pauletti, diretor Nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM), evidenciou a condição de envio, a alegria da missão e a busca de novos impulsos e motivações para a continuidade do trabalho em vista de colocar a Igreja no Brasil “em estado permanente de missão”. Em sua reflexão recordou o encontro do apóstolo Felipe com o etíope, passagem dos Atos dos Apóstolos (8, 26-38) que serve de inspiração bíblica para o Congresso. Destacou a importância dos muitos projetos e iniciativas, apesar de ainda não serem o bastante pelo contínuo ressoar do mandato de Jesus de ir por todos os povos. “Estamos aqui guiados pelo espírito, a serviço do reino e à luz do Concílio Vaticano II e da caminhada da Igreja e da América”, aponta o diretor.
Dom Sérgio Braschi disse que os participantes estão em Palmas fazendo o registro de suas pegadas na missão. “São pessoas que atuam nas dioceses, com o congresso sendo o momento de congraçamento e, ao mesmo tempo, de um despertar diante de um mundo secularizado e pluricultural”, disse o bispo de acordo com o tema centram do 3º CMN: “Discipulado missionário: do Brasil para um Mundo secularizado e pluricultural, à luz do Vaticano II”. Dom Sérgio levantou os congressistas ao entoar o refrão do 3º Congresso Americano e 8º Congresso Missionário Latino-Americano (CAM 3 – Comla 8) realizado no Equador em 2008. “Continente Americano, continente misionero”
Em nome dos moradores de Palma, Dom Pedro Brito Guimarães relembrou as características do que dizem da cidade, tais como o Coração do Brasil, Flor do cerrado, cidade que mais cresce…. E de tudo isso, diz o bispo, “é a escolhida e a preferida como casa e pulmão missionário do Brasil” Para Dom Braschi, Palmas respira e transpira com os pulmões da missão, assim como acontece com o pulmão no corpo humano que oxigena, abastece, dilata e faz circular. Com isso, desejou que todos os congressistas sintam-se renovados e refeitos, além de “acolhidos em todos os momentos de ação de graça e de fraterna partilha do trabalho. Que o espírito missionário seja cada vez mais despertado”, concluiu.
A Presidente da Conferência dos Religiosos e Religiosas do Brasil – CRB, Irmã Márian Ambrosio falou da contribuição dos religiosos na Missão aqui e além-fronteiras. Fez um apelo pela Missão no Haiti onde a CRB mantém um projeto missionário. “Não fechemos nossos ouvidos aos gritos quem vêm do Haiti”.
O representante da Congregação para a Evangelização dos Povos, padre Vito Del Prete, secretário Geral da Pontifícia União Missionária afirmou que, “a profecia e a evangelização não podem ser separadas”. Citou também o Documento de Aparecida. “Para não cair na armadilha de nos fechar em nós mesmos, devemos nos formar como discípulos missionários sem fronteiras, dispostos a ir ‘á outra margem’, àquela na qual Cristo não é ainda reconhecido como Deus e Senhor, e a Igreja não está presente”.
Mencionou ainda realização do Ano da Fé e o Sínodo dos bispos sobre a Nova Evangelização que acontece em Roma no mês de outubro próximo para marcar os 50 anos do início do Concílio Vaticano II.
Após a abertura, as autoridades eclesiásticas participaram de uma coletiva de imprensa com os meios de comunicação local e nacional, oportunizando maiores especificações de dom Sérgio Braschi, Irmã Márian Ambrosio, padre Camilo Pauletti e dom Pedro Brito Guimarães.
Os mais de 600 missionários e missionárias oriundos de todo o Brasil foram acolhidos pelas famílias e paróquias da arquidiocese de Palmas. As atividades seguem hoje, 13, com dois painéis temáticos. Irmão José Nery aborda o tema “um olhar sobre o mundo secularizado e pluricultural no qual nos cabe ser discípulos missionários” e Paulo Suess fala sobre o Concílio Vaticano II: “uma virada popular”.