Bandeirantes faz mais uma vítima Guarani: a história se repete
Cheguei
Rodinei fazia parte de um grupo de jovens da aldeia muito articulado, envolvido com questões de interesse coletivo e, como disseram os Guarani, um rapaz muito tranquilo, prestativo e que seguia arandu porã (o bom conhecimento), o que significa, segundo a tradição, que sua conduta era impecável. Rodinei deixou mulher e dois filhos pequenos.
Vale ressaltar que este não foi o único caso de atropelamento nas proximidades da aldeia. Ano passado a Rodovia dos Bandeirantes também fez vitimas.
Espremida pela Estrada Turística do Jaraguá e pela Rodovia dos Bandeirantes, as lideranças de Tekoa Pyau há tempos temem pela segurança de seus moradores, sobretudo as crianças, já que estas precisam atravessar a estrada para frequentar a escola.
É urgente discutir a vulnerabilidade em que se encontram os moradores de Tekoa Pyau e que o poder público garanta sua segurança.
Impressiona como o legado bandeirante atravessa a história e perpetua o medo: Anhanguera, Bandeirantes e Raposo Tavares são apenas alguns exemplos de como o nosso estado glorifica aqueles que espalharam terror, escravizaram, assassinaram e, mesmo indiretamente, continuam massacrando indígenas.