Governo brasileiro precisa garantir a integridade física e cultural dos povos indígenas dentro de seus territórios
Cobra a Adveniat, organização filantrópica da Igreja Católica alemã em carta enviada à presidente Dilma Rousseff
A Adveniat, organização filantrópica da Igreja Católica alemã para a América Latina, enviou no fim da semana passada carta à presidente da República, Dilma Rousseff, externando preocupação com a suspeita de um massacre de indígenas que vivem em situação de isolamento na região de fronteira entre Brasil e Peru, no estado do Acre. A suspeita em questão diz respeito a ações promovidas por invasores, possivelmente narcotraficantes e madeireiros, nas terras indígenas.
No início deste mês, notícias se espalharam pela imprensa alertando sobre a invasão da base de vigilância Xinane da Fundação Nacional do Índio (Funai) na região. Em carta, a Adveniat fala sobre a facilidade com que agiram esses invasores e se diz assustada com a situação de vulnerabilidade em que se encontram estes povos indígenas em situação voluntária de isolamento, podendo ser dizimados a qualquer momento.
A organização chama atenção ainda para situação semelhante vivenciada por indígenas isolados que vivem no Maranhão, Rondônia, norte de Mato Grosso e sul do Amazonas. Todos esses conflitos e invasões que afetam diretamente as comunidades indígenas estão intimamente relacionados às escolhas do governo brasileiro, que opta pelo desenvolvimento a qualquer custo em detrimento da vida.
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Para a Adveniat, com base em relatos de organizações parceiras da entidade, é possível atestar que a Amazônia brasileira vive hoje um momento de estimulo à exploração economica através de mega empreendimentos, todos ligados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, e da Iniciativa de Integração da Infra-estrutura Regional Sul Americana (IIRSA), iniciativa de 12 países sul-americanos, que tem por objetivo interligar as redes de comunicação, transporte e energia entre esses países por meio da contrução de estradas, portos, ferrovias, entre outros
Ao final da carta, a organização cobra do governo brasileiro que este tome as medidas necessárias para que a história de invasões, massacres e extermínios das populações indígneas não se repita e que esses povos tenham plenamente assegurada sua integridade física e cultural dentro de seus territórios.
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