26/04/2011

Abril Indígena em Rondônia

Encontros no estado têm sido norteados pelo tema “Fortalecimento do Movimento e Organização Indígena – Resistência e Luta”

 

O Abril Indígena em Rondônia está sendo marcado por dois grandes momentos: Assembleia da Organização das Mulheres Indígenas de Rondônia (Omiron), nos dias 25 e 26 de abril, e Assembléia da Coordenação da União das Nações e Povos Indígenas de Rondônia, Noroeste do Mato Grosso e sul do Amazonas (Cunpir), realizada entre os dias 27 e 29. Os dois eventos estão acontecendo no Centro Arquidiocesano de Pastoral (CAP), em Porto Velho.

 

O Fortalecimento do Movimento e Organização Indígena – Resistência e Luta é o tema que norteia toda a discussão. Entre os temas a serem trabalhados estão: políticas públicas; mulher e sua força cultural; território e territorialidade; reestruturação da Funai; grandes Projetos (crédito de carbono, meio ambiente, impactos e indenizações por parte do complexo do madeira); criação de uma secretaria estadual indígena e as eleições de novas coordenações.

 

No início da Assembleia da Organização das Mulheres Indígenas de Rondônia, na tarde do dia 25, lideranças homens e mulheres participaram de uma Sessão Solene na Assembléia Legislativa do estado, coordenada pelo deputado Zequinha Araújo. Os indígenas presentes nesta sessão registraram sua indignação diante da falta de compromisso dos políticos, que ignoram os povos indígenas a exemplo desta solenidade. Dos 24 deputados eleitos apenas o que solicitou a sessão se fez presente. Também registraram a precariedade na saúde e na educação, bem como a falta de demarcação das terras indígenas e de acesso de qualidade às terras indígenas. De acordo com os presentes, no período das chuvas é muito difícil para atender as emergências, pois o acesso às comunidades é muito precário.

 

Para o cacique Babau, do povo Tupinambá, do sul da Bahia, para bem viver é preciso garantir o respeito, e os órgãos públicos não respeitam os povos indígenas. “A dificuldade é muito grande para o nosso movimento, por isso a gente discute sobre os nossos Direitos. “Se não garantem nossos direitos, o Brasil perde também”, afirmou.

Fonte: Cimi Regional Rondônia
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