Assentados impactados por Estreito denunciam problemas em nova localidade
O procurador da República Álvaro Manzano participou nesta quinta-feira de uma reunião com os trabalhadores rurais do antigo projeto de assentamento Formosa, em Darcinópolis, atualmente reassentados em lotes adquiridos pelo Consórcio Estreito Energia em parte da fazenda Marju, no município de São Bento do Tocantins. Após três anos impedidos de plantar e produzir no local onde foram assentados pelo Incra reivindicando o reassentamento coletivo em outra localidade, os impactados ainda não solucionaram todos os seus problemas. O local foi escolhido pelos clientes do Incra que terão suas glebas submersas pelo lago da UHE de Estreito. Na sexta-feira, outra reunião em Babaçulândia também tratará de pendências não atendidas de outros impactados.
A reunião foi motivada por diversas falhas no acordo firmado entre o Ceste e os assentados na estruturação do novo assentamento. Segundo os impactados, as questões se referem à falta de cascalhamento das estradas e transporte para crianças em idade escolar, além da documentação para transferência que teria ficado a encargo do Ceste. Também houve reclamações quanto à localização das casas, sobre o que os impactados afirmam não ter opinado. “Algumas das casas foram construídas em locais que serão inundados na época das chuvas”, afirma Cláudio Vieira, liderança dos impactados do PA Formosa. O consórcio também não construiu equipamentos públicos comuns previstos no acordo, como igreja, centro comunitário e escola.
As cercas construídas também são motivos de reclamações, pois nos locais afastados da estrada as estacas foram fincadas a até
Os impactados também reclamam do atraso na liberação do dinheiro referente à indenização pelas benfeitorias de cada lote, e do não fornecimento do vale alimentação, que varia de R$
A forma de distribuição das famílias também não agradou, pois 11 dos núcleos familiares ficaram longe dos demais, o que enfraquece o grupo e dificulta a manutenção dos vínculos sociais em uma comunidade que reivindicou seus direitos em total união. Para resolver o impasse e evitar o trânsito pela sede da fazenda, que já foi motivo de reclamação do fazendeiro, uma nova estrada deveria ser construída.
Terra boa
O PA Formosa foi o único projeto de assentamento do Incra que não optou pela carta de crédito como compensação pelo impacto sofrido com a formação do lago. Uma vez recebido dinheiro da carta, o impactado automaticamente isenta o consórcio de futuras responsabilidades, e também perde o direito de ser cliente da reforma agrária e pleitear outro lote em local diferente. Os impactados se mostram satisfeitos com a nova localidade e tamanho dos lotes, de