Aprovadas moções em favor dos povos indígenas
Seguem moções aprovadas pela II Assembleia Popular:
MOÇÃO DE REPÚDIO CONTRA A CONSTRUÇÃO DA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE
II Assembléia Popular – 2010
Nós, participantes da 2ª. Assembleia Popular Nacional, em Luziânia-GO, em
Este é um projeto de morte. Morte do rio Xingu, das culturas dos povos indígenas e ribeirinhos que necessitam das águas para sua sobrevivência física e cultural.
Repudiamos a forma como se deu o leilão e todo o processo de encaminhamento que em nenhum momento levou em consideração a consulta, a presença e a voz do povo.
Assembleia Popular Nacional,
Luziânia, 27 de maio de 2010.
MOÇÃO
II Assembléia Popular – 2010
Nós, participantes da 2ª. Assembléia Popular Nacional, em Luziânia-GO, em
A liberdade imediata dos indígenas Tupinambá Rosivaldo Ferreira da Silva, cacique Babau, e de seu irmão Givaldo Ferreira da Silva, por entendermos tratar-se de prisões políticas. Ambos são vítimas da estratégia de criminalização utilizada contra os povos do campo que lutam em defesa de seus territórios.
Babau foi preso de forma arbitrária pela Polícia Federal que durante a madrugada do dia 10 de março de 2010 invadiu sua residência e o agrediu violentamente na frente de sua esposa e seu filho de 3 anos. Mesmo reagindo, foi levado preso permanecendo na carceragem da Polícia Federal de Ilhéus, sem comunicação com a família, até o dia 18 de abril de 2010 quando foram transferidos sem qualquer justificativa para a penitenciaria de segurança máxima,
Givaldo Ferreira da Silva foi preso em Buerarema-BA, no dia 20 de março de 2010 quando se encontrava trabalhando na feira de Buerarema. Foi levado para a carceragem da Polícia Federal de Ilhéus e transferido também para a penitenciaria de segurança máxima, em Mossoró-RN.
Cacique Babau e Givaldo permanecem presos mesmo sem os seus processos terem sido julgados.
Luziânia, 27 de maio de 2010.
MOÇÃO DE APOIO AOS POVOS GUARANI-KAIOWÁ E PATAXÓ HÃ-HÃ-HÃE
II Assembléia Popular – 2010
Nós, participantes da 2ª. Assembleia Popular Nacional, em Luziânia-GO, em
A situação desumana em que se encontra o povo Guarani Kaiowá, no Mato Grosso do Sul, vivendo confinados em pequenos acampamentos a beira das estradas e expostos a todo tipo de violência, enquanto sua terra tradicional continua na mão de fazendeiros;
A demora do julgamento do processo referente à Terra Indígena Pataxó Hã-Hã-Hãe. Esta encontra-se demarcada, mas títulos imobiliários ilegalmente concedidos pelo estado da Bahia para alguns fazendeiros permanecem válidos, e estes continuam de posse da terra. Há
E pedimos:
– Pelo imediato julgamento Da Ação Civil Originária 312-BA por parte do STF, que pede a Nulidade dos Títulos Imobiliários incidentes sobre a terra indígena Pataxó Hã-Hã-Hãe.
– Pela demarcação de todas as terras do Povo Guarani Kaiowá para que estes possam garantir sua sobrevivência física e cultural.
MOÇÃO
II Assembléia Popular – 2010
Nós, participantes da 2ª. Assembléia Popular Nacional, em Luziânia-GO, em
A liberdade imediata do indígena Pataxó Joel Braz, da aldeia Barra Velha- BA, por entendermos tratar-se de prisão política. Joel cumpre pena no posto indígena próximo à aldeia e é vítima da estratégia de criminalização utilizada contra os povos do campo que lutam em defesa de seus territórios.
Luziânia, 27 de maio de 2010.