Regionais do Cimi da região amazônica realizam seminário sobre grandes projetos
Entre os dias 2 e 4 de junho, o Cimi realiza o Seminário Internacional Grandes Projetos na Amazônia e seus Impactos. O evento acontece
Entre os objetivos do evento, ressalta-se: proporcionar a formação sobre o tema dos grandes projetos na região, criar uma rede de articulação entre os aliados da causa indígena, somar experiências com os povos que pensam a Amazônia a partir dos que vivem nela, fortalecer a resistência dos movimentos sociais e indígenas.
Alerta em favor da Amazônia
A Amazônia é considerada uma das regiões de maior importância geopolítica do mundo em função de sua sócio-biodiversidade, da água doce, dos minérios estratégicos e demais recursos naturais existentes, por sua influencia no clima e para o equilíbrio ambiental do planeta. Ela desperta interesse tanto daqueles que a pensam unicamente como uma grande oportunidade de negócios, quanto dos que a concebem como a segurança de vida para os pobres e populações que nela vivem e lhe atribuem importância fundamental para o bem estar de toda a humanidade.
A região perdeu nos últimos trinta anos, aproximadamente 80 milhões de hectares de sua floresta para atividades não sustentáveis, tendo cerca de 30 milhões de hectares em acentuado estado de degradação. Os pesquisadores apontam o desmatamento e as suas queimadas como fatores que influenciam as mudanças climáticas e ampliam o efeito estufa. Advertem ainda que se o desmatamento chegar a 50% (hoje está em torno de 20%), o bioma Amazônico estará irreversivelmente condenado.
Esse alerta, no entanto, não tem sido suficiente para que seja repensado o atual modelo de desenvolvimento que, com base nos grandes projetos promove a exploração dos recursos naturais para acumulação capitalista, mata e ameaça todas as formas de vida da região.
No contexto da crise ambiental e econômica mundial, o caminho do “bem viver”,da repartição das riquezas, do respeito a biodiversidade, da ética na convivência humana. A nossa mãe terra é um ser vivo, no qual convivem distintas culturas, uma biodiversidade riquíssima que não está a serviço do se humano, porque o homem é parte dela e com ela deve viver em harmonia.