Aldeia Kadiwéu em Porto Murtinho (MS) está abandonada há cinco meses
Sessenta e nove indígenas deixaram aldeia após chuvas destruírem acesso. MPF faz intermediação de acordo com governo estadual
Os 69 indígenas da aldeia Córrego do Ouro, na Terra Indígena Kadiwéu,
Em inspeção realizada na terça, 20 de abril, o procurador da República Emerson Kalif Siqueira e o engenheiro José Carlos Mônaco, da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), comprovaram que a estrada está erodida, tomada por valas, mato e áreas alagadas. A maior ponte do trecho, de
Até levar o caso ao Ministério Público Federal (MPF) os indígenas tentaram conseguir das prefeituras de Porto Murtinho e de Bodoquena o conserto da estrada, sem sucesso. Apesar de a responsabilidade administrativa pela estrada ser da prefeitura de Porto Murtinho, o governo estadual se comprometeu com o MPF a disponibilizar os recursos necessários para o conserto da estrada. Ainda não há prazo estimado para que o acesso à aldeia seja restabelecido.
Aldeia abandonada – De acordo com os indígenas, plantações de mandioca, milho, feijão e melancia se perderam, assim como a criação de animais, à exceção dos bovinos, que estão soltos no pasto. Os indígenas ocupam, há cinco meses, casas alugadas em Bodoquena, sem qualquer ajuda ou subvenção oficial. Vivem com a renda incerta de trabalhos eventuais em fazendas, a R$
As crianças que estudavam na escola de ensino fundamental da aldeia foram transferidas para Bodoquena. Na aldeia há um professor que ensina em português e kadiwéu. Já na cidade não tem educação com base linguística indígena. Sem a língua natal eles perdem a identidade como povo, cria-se uma condição de vulnerabilidade, que propicia a perda dos seus costumes e valores próprios e a incorporação pela sociedade não índia.
Pelo menos 30 pessoas dividem uma única casa
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