19/04/2010

Conferencia Mundial sobre Clima debate Belo Monte

Hoje, 21 de Abril, a Conferencia Mundial de los Pueblos sobre el Cambio Climático y los Derechos de la Madre Tierra em Cochabamba, Bolívia, discute a construção da hidrelétrica de Belo Monte. No debate se discutem vários projetos de hidrelétricas nos rios da bacia do Amazonas.

 

A Conferência Mundial foi organizada pelo governo de Evo Morales em resposta ao fracasso da Conferência de Clima de Copenhague. Cerca de quinze mil pessoas vieram do mundo inteiro para o evento em Cochabamba que focaliza, sobretudo, a relação entre as mudanças climáticas e os povos indígenas.

 

O debate sobre os hidrelétricas na Bacia do Amazonas reúne representantes de vários povos indígenas contrários aos empreendimentos. Um representente do povo Juruna fala sobre os impactos de Belo Monte, sobre a natureza e os conseqüentes impactos sobre os povos indígenas da região. Denuncia também o desrespeito aos direitos indígenas por parte do governo brasileiro.

 

Pakitzapango

Uma representante do povo Ashaninka denuncia a Pakitzapango, hidrelétrica planejada na Vale Ene, no Perú. Como Belo Monte, essa barragem provocará a inundação de grandes trechos da floresta amazônica, de áreas sagradas para os povos indígenas, além da expulsão forçada de milhares de pessoas. Também acabará com a vida biológica do rio Ene, comprometendo as fontes alimentares das pessoas que dependem do rio.

Como no caso de Belo Monte, os indígenas impactados não foram consultados sobre o empreendimento.

 

Eletrobrás

A hidrelétrica de Pakitzapango será construída em parceria com a Eletrobrás, e fornecer energia de exportação para o Brasil. A Eletrobrás será parceira na construção de várias outras hidrelétricas no Peru.

 

Mitológico

O nome Pakitzapango refere ao quenion com o mesmo nome onde a hidrelétrica será construída. Esse quenion, para o povo Ashaninka, é um lugar mitológico e sagrado porque é o lugar onde os povos do Amazonas nasceram.

 

 

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Fonte: Conselho Indigenista Missionário (CIMI)
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