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Nota do Cimi: Bolsonaro mente e afronta a Constituição brasileira ao atacar os povos indígenas

Conselho Indigenista Missionário - Cimi

O presidente Bolsonaro insiste na mentira e na sorrateira tergiversação. Diante da devastação ambiental provocada por desmatamentos e queimadas criminosas, especialmente na região amazônica, mantém atitude incendiária e de repugnante agressividade aos povos originários e aos seus direitos de existência digna.

Com isso, afronta e violenta não somente os povos indígenas, mas também a própria Constituição Brasileira, que garante a eles o direito originário às suas terras tradicionais devidamente demarcadas e protegidas, onde possam viver dignamente com suas organizações sociais, costumes, línguas, crenças e tradições (Artigo 231 da Constituição Federal).

O Artigo 20 da Constituição Brasileira estabelece que as terras indígenas são Bens do Estado brasileiro. Frente a isso, as acusações, públicas e recorrentes, do presidente da República de que a demarcação de terras indígenas atentaria contra o interesse e a soberania nacional são conscientemente falsas, injustas e potencializam o preconceito, o racismo e o sentimento de ódio contra os povos indígenas, cidadãos brasileiros historicamente vilipendiados e violentados em nosso país.

Frente a tantas agressões que sofrem do presidente da República, o Cimi manifesta irrestrita solidariedade aos povos originários do Brasil e reitera o compromisso no apoio às lutas que fazem em defesa de suas vidas e projetos de futuro.

Respeite os povos originários e a Constituição de nosso país, presidente Bolsonaro.

Conselho Indigenista Missionário (Cimi)

Brasília, 27 de agosto de 2019